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10.04.18
Japão lidera venda mundial de produto de risco reduzido para fumantes
Lançado em 2014 no Japão, o IQOS, produto de tabaco aquecido para fumantes, fabricado pela Philip Morris, principal empresa internacional de tabaco do mundo, conquista cada vez mais adeptos no território japonês, considerado o terceiro maior em número de fumantes.
A ideia do produto é oferecer a mesma experiência que um fumante de cigarro convencional tem, porém, sem os mesmos impactos causados pela queima do tabaco, promovendo um risco reduzido para a saúde dos que não conseguem parar de fumar.
Para os usuários do produto, as vantagens são diversas: o fato de não gerar fumaça, faz com que roupas, carros e mãos não tenham o tradicional cheiro da queima dos cigarros, além de não incomodar as pessoas que estão ao redor dos usuários.
No Brasil e no mundo, o número de fumantes vem diminuindo. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, estima-se que na próxima década, haverá mais de um bilhão de fumantes, aproximadamente o mesmo número de fumantes de hoje. Com isso, especialistas em saúde pública argumentam que aqueles que não querem deixar de fumar deveriam ter acesso a alternativas menos nocivas
Diante a esse cenário, a Philip Morris passou a planejar um futuro sem fumaça, abandonando a produção de cigarros, de forma gradual, para dar espaço aos dispositivos eletrônicos. Atualmente, o produto já é comercializado em mais de 38 países.
Como o IQOS funciona?
O aparelho
O IQOS é um aparelho eletrônico, que necessita de recarga de bateria para o seu funcionamento. Dentro dele, contém uma espécie de bastão onde se coloca o tubo de tabaco para simular a experiência de fumo convencional.
Aquecimento do tabaco
No bastão, coloca-se o tubo do tabaco (formato muito parecido com o cigarro tradicional, mas em tamanho menor) na lâmina de aquecimento. A bateria do IQOS aciona um dispositivo eletrônico, que mantém o aquecimento a até 350ºC, sem gerar combustão. Com a alta temperatura, é liberado um vapor, inalado pelo fumante.
Com isso, elimina-se cerca de 95% da formação das substâncias prejudiciais à saúde, que são geradas pela sua combustão, ou seja, a queima das substâncias contidas no cigarro comum em 600º graus é o processo considerado o maior causador de compostos tóxicos que podem gerar danos aos fumantes.
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Tubo de tabaco ou heets (Foto: Divulgação)
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Suporte para tubo de tabaco (Foto: Divulgação)
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iQOS (Foto: Divulgação)
Por ser um dispositivo eletrônico para uso de tabaco, o IQOS exige uma nova regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA para que seja comercializado no Brasil.
Em solo nacional, a venda de cigarros eletrônicos é proibida desde 2009 pelo órgão regulador. No ano passado, a ANVISA colocou uma consulta pública para revisar o marco regulatório de produtos fumígenos e o tema segue em discussão.
No Japão, por exemplo, houve até alteração de algumas regras sobre locais em que era proibida a entrada ou circulação de fumantes, passando a liberar usuários de cigarros eletrônicos e de IQOS em grandes avenidas. Além disso, cada vez mais estabelecimentos comerciais japoneses passam a disponibilizar áreas exclusivas para usuários de IQOS.
Por lá, o IQOS é facilmente encontrado em lojas de conveniência por, aproximadamente, U$100,00 e o pacote com 20 tubos de tabaco por menos que U$ 5,00.