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13.01.16

No futuro, Dekita Kazuya projeta ensinar a ginástica rítmica à crianças japonesas

Foto: Ronaldo Domingues

Um dos principais nomes da ginástica rítmica japonesa, Dekita Kazuya esteve no Brasil para falar sobre a modalidade esportiva que, infelizmente, tem tido pouco espaço não apenas no Japão, mas no mundo.

A categoria masculina não faz parte dos Jogos Olímpicos, portanto, o Brasil receberá, este ano, apenas a ginástica rítmica feminina na competição mundial. O atleta japonês, que conquistou diversos títulos em sua terra natal, falou da atual visão japonesa sobre o esporte.

– O Japão já mostrou interesse em espalhar o esporte pelo mundo, mas a tentativa falhou. Lá a modalidade está perdendo espaço. O que prejudica ainda mais a divulgação da ginástica rítmica internacionalmente é o fato de que até mesmo no Japão ela está se tornando fraca – explicou Dekita Kazuya.

O atleta praticou ginástica rítmica masculina dos 13 aos 21 anos de idade, quando se graduou na Kokushikan University, no Japão. Logo após sua graduação, foi para a Dinamarca, onde deu aula de ginástica e aperfeiçoou suas habilidades no esporte.

Já com uma carreira consolidada, Dekita foi convidado para se apresentar fora do Japão por inúmeras vezes, viajando para países como a Alemanha, Canadá, Dinamarca, Rússia e o Brasil. No período em que esteve na Dinamarca, a equipe do Cirque Du Soleil o convidou para participar dos espetáculos.

– Participei da turnê do Michael Jackson com ginástica rítmica de grupo sincronizado e, depois, fui convidado para participar de outro espetáculo deles chamado “Ovo” fazendo “power tumbling”, uma ginástica típica dinamarquesa. Com o Cirque du Soleil viajei por, praticamente, a Europa e a América toda – contou o atleta.

Esta já é a terceira passagem de Dekita ao Brasil e, mesmo assim, o atleta ainda não teve contato com os nikkeys brasileiros.

– Eu não tenho experiência com a comunidade japonesa no Brasil, nunca conheci japoneses daqui e eu espero que eu conheça alguns durante essa viagem. É interessante para mim e algo novo, que eu nunca presenciei – disse.

Com 29 anos de idade, o ginasta está prestes a iniciar o mestrado, pela mesma universidade em que se formou, pensando no futuro da ginástica rítmica masculina no país onde surgiu a modalidade esportiva.

– Estou indo para a universidade em abril, então meu futuro é ser professor em escola de esportes. Talvez, depois disso, eu possa voltar para o Cirque du Soleil, mas quero ser professor e ensinar os alunos o que eu aprendi e dar apoio às crianças para que tenham a experiência que tive com o esporte – finalizou Dekita.

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