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14.05.17

Alunos vivenciam a arte do ikebana e criam arranjos para homenagear suas mães!

Na véspera do Dia das Mães, um grupo de pessoas, frequentadoras da Igreja Messiânica da Casa Verde, participaram de uma vivência de ikebana, no Johrei Center Casa Verde, em São Paulo.

Cerca de 17 alunos receberam um kit contendo um vaso e ramos de flores e folhas, aprenderam fundamentos básicos sobre ikebana e criaram os seus próprios arranjos para homenagear suas mães, no dia 14 de maio.

– É uma atividade tão simples e de grande poder. A flor que nos dá a vida, ter vontade de viver melhor – disse a monitora Neusa Onodera.

A origem do ikebana tem diversas versões contadas pelos estudiosos, como a de ter surgido no Japão, através do monge zen-budista Sem-no-Rikyu, um conselheiro do xogum Hideyoshi Toyotomi, responsável também pela cerimônia do chá. Outros dizem que a arte surgiu em 607 d.C., quando uma missão diplomática da China a introduziu no Japão.

A professora de ikebana da Igreja Messiânica, Setsuko Kubo, contou a verdadeira história sobre a origem do ikebana:

– Todo mundo pensa que o ikebana veio do Japão, mas surgiu na Índia, através de um monge budista, que encontrou um galho no caminho e levou até Buda. O objetivo do ikebana é trazer a natureza para perto de nós.

Na arte do ikebana a flor em fase de botão significa o futuro, a flor semiaberta representa o presente e as flores que já desabrocharam é o passado. Existem dois tipos de ikebana: o moribana (feitos com vazos altos) e o nagueire (feitos com vazos baixos). Durante a vivência com a arte, os participantes não estudam a técnica, mas aprendem a colocar os mais sinceros sentimentos ao construírem seu ikebana.

– Em aula de ikebana é que se aprende a técnica. As pessoas olham e acham fácil de se fazer, mas existem medidas para criar a harmonia – explicou Kubo.

A professora revelou, também, qual a diferença entre um arranjo de floricultura e o ikebana:

– Arranjo de floricultura é como se fosse um prato feito e o ikebana é como se fosse uma comida japonesa ou francesa, ou seja, primeiro você degusta com o olhar e depois saboreia. É um prato artístico. O ikebana pode ter uma flor só, mas se a pessoa estiver com o sentimento correto, de acordo com a vontade divina, aquilo vai transmitir tanta luz que você vai achar maravilhoso, não precisam muitas flores, mas poucas flores.

Os ensinamentos sobre ikebana dizem que, à medida que se pratica esta arte, o ser humano muda o seu interior simultaneamente e sem que ele perceba. A técnica utilizada na Ikebana Kado Sangetsu ensina a ter respeito à natureza.

– Se você respeita a natureza da flor, significa, também, que você respeita um e o outro. Todos nós temos defeitos, então se respeitarmos e amarmos um e o outro, com seus defeitos, surge a paz. Quando amamos a natureza, significa que amamos e respeitamos a Deus. Contribuir com a natureza é ajudar a melhorar e não poluir, não sujar, mas limpar – finalizou Setsuko Kubo.

Confira a galeria de fotos:

  • Alunos se preparam para a vivência em ikebana no Johrei Center Casa Verde (Foto: Yomitai)
  • Alunos se preparam para a vivência em ikebana no Johrei Center Casa Verde (Foto: Yomitai)
  • A monitora Neusa Onodera inicia a vivência em ikebana (Foto: Yomitai)
  • Neusa Onodera fala sobre o ikebana (Foto: Yomitai)
  • Alunas criam suas ikebanas com sentimento de amor para homenagear suas mães (Foto: Yomitai)
  • Alunos participam de vivência em ikebana no Johrei Center da Casa Verde (Foto: Yomitai)
  • Kit para a vivência em ikebana (Foto: Yomitai)

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